sábado, 30 de agosto de 2014

Notícias chechenas

A maioria das pessoas fora de lá mal deve ser capaz de apontar a localização da Chechênia no mapa (pode tentar, realmente é difícil). Com apenas 26 anos, Milana Terloeva é a autora de um livro revelador sobre a Chechênia, lugar cujo nome é recheado de informações superficiais, preconceituosas e desencontradas, que pode agora ser um pouco melhor compreendido a partir de um testemunho de vida.
Jornalista chechena recém-formada na Escola de Jornalismo de Ciência Política da França, em Paris, ela acaba de publicar na França, onde viveu nos últimos três anos, “Danser sur ler Ruines” (Dançar sobre as Ruínas, ed. Hachette, 216 páginas, 18 euros, ainda indisponível em outras línguas), um relato sobre sua infância e adolescência em Orekhovo, pequena cidade montanhosa próxima a Grozny, capital da Cechênia, República que declarou sua independência em 90 – mas não foi reconhecida por nenhum país do mundo.
Muçulmana, ela tinha 14 anos quando tropas russas invadiram a Chechênia, em dezembro de 1994, para dar fim à independência, que considerava ilegal. Sua vida se transformou a partir da invasão, que levou um clima de guerra permanente em que passou a viver a Cechênia.
Em seu livro, escrito após o período vivido na França com o apoio de uma bolsa do grupo Estudos Sem Fronteiras, ela mostra a resistência e a luta pela independência sem o uso do terrorismo dos muçulmanos chechenos.
Apesar da experiência triste vivida com a guerra, a jovem chechena já se organiza opara voltar a Grozny, onde pretende montar um jornal.

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